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Justiça marca julgamento de PM acusado de matar jovem em Pedro Canário.

  • Foto do escritor: Addison Viana
    Addison Viana
  • 8 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 6 dias

O caso que chocou o norte do Espírito Santo está perto de ir a julgamento. No dia 22 de agosto, o policial militar Thafny da Silva Fernandes será julgado pela morte de Carlos Eduardo Rebouças Barros, em Pedro Canário. O crime gerou comoção social e pedidos por justiça em todo o Estado.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Está marcado para o dia 22 de agosto o julgamento do policial militar Thafny da Silva Fernandes, acusado de matar o jovem Carlos Eduardo Rebouças Barros em março de 2023, no município de Pedro Canário, no extremo norte do Espírito Santo. O caso será julgado em São Mateus, e segundo o Tribunal de Justiça, a mudança de local foi feita devido à influência social e autoridade do réu em uma cidade pequena como Pedro Canário.


O processo corre em segredo de Justiça, e só os familiares mais próximos da vítima poderão acompanhar o julgamento. O caso deixou marcas profundas na família de Carlos Eduardo, e sua morte gerou grande comoção na cidade e em movimentos sociais.


O crime foi registrado por uma câmera de videomonitoramento. Nas imagens, Carlos aparece algemado e sentado, até ser baleado. Em seguida, seu corpo é arrastado até um terreno atrás de um muro. No mesmo dia, cinco policiais foram detidos e levados ao 13º Batalhão da PM, em São Mateus.




Além de Thafny, também estavam envolvidos Leonardo Jordão da Silva, Samuel Barbosa da Silva Souza, Tallisson Santos Teixeira e Wanderson Gonçalves Coutinho, que chegaram a ser presos, mas ganharam liberdade em maio de 2023.


De acordo com o Ministério Público, Carlos Eduardo era suspeito de envolvimento com arma de fogo e tentou fugir da polícia, mas acabou capturado e algemado. Mesmo assim, foi baleado a curta distância. Laudos, vídeos e testemunhas comprovaram a materialidade e autoria do crime. A Promotoria classificou o caso como homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.


Repercussão e luta por justiça


O caso repercutiu nacionalmente. As organizações Educafro e Instituto Elimu Cleber Maciel entraram com uma ação civil pública pedindo indenização de R$ 100 milhões por danos morais coletivos e raciais, com foco na população negra do Espírito Santo. A ideia é que o valor seja aplicado em ações de equidade racial e combate ao racismo estrutural, sob gestão de entidades do movimento negro e do Ministério Público.


A deputada estadual Camila Valadão (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, também cobrou providências. Ela pediu o afastamento dos policiais, a instalação de câmeras nos uniformes, uma ouvidoria externa da polícia e a reativação de mecanismos de prevenção à tortura.


Com o julgamento se aproximando, a família e os movimentos sociais esperam que justiça seja feita e que o caso ajude a evitar novas mortes em ações policiais no Estado.

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