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Vila Esperança resiste: auxílio aumenta, mas solução para 3,6 mil moradores segue sem prazo.

Atualizado: há 14 horas

Famílias mantêm acampamento em frente ao Palácio Anchieta contra despejo iminente. Governo propôs ampliar o auxílio de R$ 2,2 mil para R$ 3,6 mil, mas recuou da promessa de construir moradias. Comunidade denuncia abandono e violações de direitos.


Foto: Reprodução/redes sociais - Na última semana, os moradores levaram o protesto para as ruas de Vitória, com acampamento em frente ao Palácio Anchieta
Foto: Reprodução/redes sociais - Na última semana, os moradores levaram o protesto para as ruas de Vitória, com acampamento em frente ao Palácio Anchieta

A novela da Vila Esperança, comunidade formada há oito anos em Jabaeté, Vila Velha, segue sem desfecho. Mesmo após reuniões com o governador Renato Casagrande (PSB) e a prefeitura, a única proposta concreta apresentada foi o aumento do auxílio financeiro de R$ 2,2 mil para cerca de R$ 3,6 mil, valor que corresponde a seis meses de aluguel.


Para os moradores, no entanto, a medida é paliativa e insuficiente. “Não existe mais Vila Esperança. Oferecem um valor para seis meses de aluguel e ignoram as dívidas de quem construiu sua casa acreditando na regularização”, desabafou Josué Santos, morador da ocupação. A preocupação maior é com idosos que usaram aposentadorias ou empréstimos para erguer suas moradias e agora podem ser obrigados a pagar aluguel.





A comunidade, que reúne cerca de 3,6 mil pessoas, nasceu em 2016 e chegou a ser declarada área de interesse social para habitação popular em 2020, durante a gestão de Max Filho (PSDB). O decreto, porém, foi revogado em 2022 pelo atual prefeito Arnaldinho Borgo, abrindo caminho para a reintegração de posse.


Na última semana, os moradores levaram o protesto para as ruas de Vitória, com acampamento em frente ao Palácio Anchieta e atos na avenida Jerônimo Monteiro. A presidente da ocupação, Adriana Paranhos, conhecida como Baiana, aponta que a pressão pela remoção vem de interesses imobiliários ligados à empresa Alphaville.


O governo afirma que não há recursos para desapropriar a área e cita como alternativa a inclusão das famílias em programas habitacionais futuros, como o Minha Casa Minha Vida. Mas sem prazos ou garantias, a esperança segue distante.



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Enquanto a ordem de despejo emitida pela Justiça não é cumprida, a resistência cresce. Nesta sexta (5), movimentos sociais promovem o “Sarau Ocupa por Vila Esperança” em frente ao Palácio Anchieta, com poesia, música e teatro para fortalecer a mobilização.

“Até agora estamos na mesma, não temos solução”, resume Josué.

 
 
 

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