Capixaba disputa vaga em missão espacial e quer levar pesquisa sobre saúde a bordo de foguete da Blue Origin.
- Addison Viana
- há 4 dias
- 2 min de leitura
O engenheiro de software Elliot Briant, de 29 anos, pode se tornar o primeiro capixaba a levar uma pesquisa científica ao espaço. Ele concorre a uma das seis vagas oferecidas pela SERA Space Agency para embarcar no foguete New Shepard, da Blue Origin, empresa de exploração espacial fundada por Jeff Bezos.

Natural dos Estados Unidos, mas morador do Espírito Santo desde a infância, Elliot cresceu em Vila Velha e se naturalizou brasileiro. Agora, ele enfrenta candidatos de mais de 150 países em um processo seletivo internacional.
O projeto que pode ir ao espaço
Elliot inscreveu um estudo sobre os impactos da microgravidade no corpo humano. Em ambiente sem gravidade, músculos e ossos enfraquecem rapidamente, de forma parecida com o que acontece em doenças como osteoporose, esclerose lateral amiotrófica e sarcopenia. O objetivo é usar biomarcadores — indicadores biológicos que medem processos no organismo — para entender essas mudanças e desenvolver caminhos para novos medicamentos e terapias.
“Quero que o conhecimento obtido em órbita sirva para melhorar a vida aqui na Terra”, explica.
De Vila Velha para a NASA
A trajetória de Elliot já tem capítulos de destaque. Durante uma disciplina da faculdade, ele participou de uma competição de dados usando informações do telescópio Kepler e identificou 37 possíveis exoplanetas. O resultado chamou a atenção da equipe da NASA Open Data, que confirmou a descoberta.
“Foi uma experiência que me mostrou como a ciência é construída em colaboração e como a tecnologia pode transformar realidades”, conta.
Como participar da seleção
A escolha dos seis candidatos envolve análise técnica dos projetos e também votação popular. Quem quiser apoiar Elliot pode se engajar em sua comunidade no Telegram, interagir nas redes sociais com a hashtag oficial da competição e acompanhar sua jornada pelo Instagram.
No fim de outubro, a SERA anunciará os 18 finalistas que avançarão para a última etapa. Até lá, Elliot segue em campanha.
“Mais do que uma conquista pessoal, é uma oportunidade de mostrar que a ciência feita no Brasil — e no Espírito Santo — tem potencial para alcançar o espaço”, conclui.
Comentários