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ES lança aplicativo para denúncias de violência contra mulher.

  • Foto do escritor: Addison Viana
    Addison Viana
  • 21 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de jun.

Ferramenta do TJES permite relatar abusos, solicitar medidas protetivas e acessar direitos. Interface é acessível e gratuita, disponível para Android e iOS.Estado já soma 14 feminicídios e 44 tentativas apenas em 2025.

Imagem ilustrativa.
Imagem ilustrativa.

As mulheres capixabas agora contam com mais um instrumento para enfrentar a violência. O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) lançou o aplicativo Ouvidoria da Mulher, desenvolvido para permitir que vítimas relatem abusos diretamente à Ouvidoria da Mulher do órgão, solicitem medidas protetivas e acessem informações sobre seus direitos. O app já está disponível gratuitamente para Android e iOS.


A desembargadora Rachel Durão Correia Lima, que também é Ouvidora do TJES, explicou que o aplicativo “é mais uma ferramenta à disposição da sociedade, em especial às vítimas de violência doméstica, e contém as mesmas funcionalidades de um atendimento presencial. Todas as informações e solicitações de tramitação de processos e de medidas protetivas serão direcionadas diretamente para a Ouvidoria. É a Ouvidoria na palma da mão”.


Com uma interface intuitiva, o app foi pensado para ser acessível a mulheres de diferentes contextos sociais e níveis de escolaridade. A ferramenta ainda orienta sobre como agir em diferentes situações e realiza encaminhamentos para serviços de apoio especializados. O desenvolvimento foi fruto de parceria entre setores do TJES e do TRE-ES.



Os dados sobre violência contra a mulher no Espírito Santo são alarmantes. Segundo levantamento recente do Governo do Estado, 31 mulheres foram assassinadas apenas neste ano, sendo 14 por feminicídio. O município de Cariacica lidera com 5 casos, seguido por Linhares (4), Serra (3) e Vila Velha (3). Já o número de tentativas de feminicídio chegou a 44 — com destaque negativo novamente para Vila Velha, com 6 ocorrências.


Uma pesquisa nacional feita pelo Instituto Patrícia Galvão mostrou que 2 em cada 10 mulheres brasileiras já foram ameaçadas de morte por parceiros ou ex-parceiros. A advogada criminalista Layla Freitas alerta que esse tipo de ameaça é, muitas vezes, “o ponto culminante de um ciclo de violência” que começa com abusos emocionais e psicológicos. “As vítimas, muitas vezes, sentem-se inseguras em seus próprios lares, ambientes onde deveriam encontrar proteção”, destacou.


A expectativa é que a nova ferramenta ajude a reduzir a subnotificação e ofereça um caminho mais seguro e eficaz para mulheres em situação de vulnerabilidade.

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