Noite de facadas e terror no Hotel da Ilha vai a julgamento em Vitória.
- Addison Viana
- 29 de jun
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de jul
Quatro acusados de esfaquear o dono do hotel em Andorinhas, Vitória, sentam no banco dos réus dia 30, às 9h. Crime foi em 2022 e a vítima, Juan Aurélio, morreu mês passado.

Essa segunda-feira, 30 de junho, promete ser quente no Fórum de Vitória. É quando começa o Tribunal do Júri que vai julgar quatro réus acusados de tentar matar o hoteleiro espanhol Juan Aurélio Gomez Fernandez, de 64 anos, lá no famoso Hotel da Ilha, em Andorinhas. O caso aconteceu em 31 de março de 2022, mas só agora chega ao veredito — e com um agravante: Juan Aurélio faleceu no dia 23 de maio deste ano, antes de ver a Justiça ser feita.
Relembrando o crime: vítima fingiu estar morto para se salvar
De acordo com o Ministério Público, o pivô da confusão foi Macário Almeida Souza da Silva, que devia aluguel de um bar no térreo do hotel e queria se livrar da dívida. Ele teria armado o plano macabro e desligado a luz do prédio pra facilitar tudo.
Quem executou, segundo a denúncia, foi o trio Carlos de Matos Lopes, Davi da Purificação Neves e Gabrielly de Paula Batista (companheira de Carlos). Com o hotel no escuro, eles subiram até o quarto onde Juan estava, sob a desculpa de reclamar da falta de energia. Gabrielly usou a lanterna do celular pra iluminar o quarto, Carlos puxou a faca e Davi segurou a vítima. Foram várias facadas. Mesmo ferido, Juan se fingiu de morto, foi resgatado pelo Samu e sobreviveu depois de uma batalha no hospital.
Acusações de peso
O MPES pede condenação por tentativa de homicídio qualificado — motivo torpe, meio cruel, recurso que impediu defesa e contra idoso. E não para por aí: Carlos ainda responde em outro processo por roubo de bens do hotel e abuso sexual de uma mulher que estava no local logo após o ataque.
O que esperar
A sessão começa às 9h, no plenário do Tribunal do Júri de Vitória. O promotor vai bater forte na tese de crime premeditado e brutal. Já as defesas devem tentar desqualificar ou aliviar a participação de cada um.
Quase três anos depois da noite de horror no Hotel da Ilha, familiares e amigos de Juan Aurélio esperam que, enfim, a balança da Justiça pese pro lado certo.
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