“Sem anistia” x “Dia da vergonha”: políticos do ES comentam julgamento de Bolsonaro.

A partir desta terça-feira (2), todos os olhos do país estarão voltados para o Supremo Tribunal Federal (STF), que inicia o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. Eles respondem por crimes relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, incluindo organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Foto: divulgação

O julgamento terá cinco datas reservadas, com sessões previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, em diferentes horários. O caso é considerado um dos mais emblemáticos da história do STF, comparado até ao julgamento do mensalão.

Reações no Espírito Santo

A expectativa pelo julgamento também movimenta a política capixaba. Deputados federais, estaduais e senadores se posicionaram sobre o caso.

Helder Salomão (PT) destacou, em vídeo, que a trama golpista envolvia até mesmo planos de assassinato contra o presidente Lula, o ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin. “Será uma semana intensa em Brasília. Sem anistia para golpistas”, afirmou.

Jack Rocha (PT) disse em nota que o 8 de janeiro foi “a face visível de um plano criminoso para rasgar a Constituição”. Para ela, “lugar de golpista é na cadeia” e a democracia “não é negociável”.

Camila Valadão (PSOL) declarou que o julgamento é um passo essencial para responsabilizar Bolsonaro e seus aliados. “A Justiça é o único caminho para enterrar o fantasma do autoritarismo que ameaça a nossa democracia”, disse ao Café.

Magno Malta (PL) foi na contramão e saiu em defesa de Bolsonaro. Em vídeo, afirmou que o ex-presidente não cometeu crime algum e que é vítima de perseguição. Chamou o julgamento de “dia da vergonha” e classificou o STF como um “tribunal de exceção”.

Já o deputado federal Evair de Melo (PP) não respondeu até o fechamento desta matéria.

O desfecho do julgamento promete marcar a história da democracia brasileira, reacendendo debates sobre autoritarismo, justiça e o futuro político do país.