Você sabe o que é adultização? Entenda o fenômeno que preocupa pais e especialistas.
- Addison Viana
- 17 de ago.
- 2 min de leitura
Felca coloca o tema no centro do debate nacional — entenda o que é e por que isso preocupa tanto pais, especialistas e parlamentares.

O influenciador digital Felca repercutiu no país ao publicar um vídeo impactante que denunciou a adultização infantil nas redes sociais — um fenômeno em que crianças e adolescentes são pressionados a exibir comportamentos, responsabilidades e estilos adultos antes da hora. O vídeo alcançou dezenas de milhões de visualizações e acendeu o debate sobre os riscos dessa exposição — inclusive no Congresso Nacional
O que é adultização?
Adultização é um termômetro do mundo atual, onde os limites da infância ficam borrados. Crianças são incentivadas — muitas vezes sem os adultos se darem conta — a adotar posturas, roupas, discursos e responsabilidades próprias da vida adulta
Na prática, isso se manifesta quando:
Vestem roupas e maquiagens sexualizadas precocemente;
Imitam coreografias ou falas com conotação erótica;
Falam de investimentos, trabalho ou suposta “emancipação” digital;
São expostas, muitas vezes por monetização fácil, enquanto a rede lucra com isso
Qual é a gravidade desse cenário?
Felca mostrou que essas crianças não estão apenas sendo copiadoras; estão em cenas cuidadosamente montadas para atrair likes, cliques e dinheiro — com claros sinais de sexualização, roteiros e exposição em plataformas sem supervisão.
Isso tem resposta imediata:
O caso chegou ao Congresso;
Parlamentares criaram uma comissão especial e a chamada “Lei Felca” foi proposta;
Plataformas como TikTok e Instagram já começaram a desativar perfis envolvidos
E na psicologia, quais são os efeitos?
Especialistas alertam: adultização pode gerar ansiedade, baixa autoestima, distorção da autoimagem e dificuldades de sociabilidade em crianças expostas a esse contexto.
Apsiquiatra Carla Mendes, por exemplo, salienta que o cérebro infantil ainda está em formação — e expô-lo a padrões adultos, via redes sociais, pode levar a transtornos sérios e prolongados.
Como os pais e responsáveis podem agir?
Limitar o tempo de tela e supervisionar o conteúdo consumido;
Fomentar brincadeiras e conversas que preservem a infância;
Ter cuidado ao expor a imagem dos filhos online e explicar os riscos das redes sociais
Cobrar fiscalização das plataformas digitais, que devem ser obrigadas a filtrar conteúdos prejudiciais.
A denúncia de Felca foi mais do que um vídeo viral — foi um chamado urgente à reflexão e à proteção da infância. A sociedade e as redes precisam ouvir esse alerta com seriedade.
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